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Copom eleva a Selic pela primeira vez no governo Lula, e taxa sobe para 10,75%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou nesta quarta-feira (18) a taxa Selic para 10,75% ao ano, com um aumento de 0,25 ponto percentual. Este é o primeiro aumento de juros no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro desde agosto de 2022. O aumento foi aprovado por unanimidade entre os nove diretores do Copom, incluindo os quatro indicados por Lula.


De acordo com o Copom, o cenário interno aponta para riscos de alta da inflação, impulsionados por um dinamismo maior que o esperado na economia e no mercado de trabalho. O comitê destacou que a inflação medida pelo IPCA e outros indicadores subjacentes ficaram acima da meta nos últimos meses. O aumento de hoje dá início a um novo "ciclo de ajuste", com futuros aumentos de juros dependendo da evolução da inflação e do cenário econômico.


Após a decisão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não foi surpreendido pelo aumento dos juros. A expectativa dos analistas é que a Selic continue subindo, podendo atingir 11,50% ao ano em janeiro de 2025. A previsão é de que os cortes na taxa de juros comecem em julho do próximo ano, com uma estimativa de que o ciclo termine com a Selic em 10,50% ao final de 2025.

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O aumento de juros ocorre também após a indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária, para assumir a presidência do Banco Central a partir de 2025, após a saída de Roberto Campos Neto. Galípolo ainda será sabatinado e aprovado pelo Senado.


O presidente Lula já criticou publicamente os juros altos no Brasil, alegando que freiam o crescimento econômico. Ele também fez críticas ao atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicando que o dirigente prioriza aspectos políticos em vez de técnicos.


O aumento da Selic acontece em um contexto de inflação em queda. Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma deflação de 0,02%, mas o Banco Central deve manter o foco nas metas de inflação para os próximos anos, com a meta central de 3% para 2024, 2025 e 2026. O BC prevê que as decisões de política monetária de hoje terão impacto total na economia entre seis e 18 meses.

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Analistas projetam uma inflação de 4,35% para 2024, 3,95% para 2025 e 3,61% para 2026, todas acima da meta de 3%, mas ainda dentro do limite de tolerância. O Banco Central, por sua vez, acredita que sua política de combate à inflação é fundamental para proteger a economia e os mais pobres, que são os mais prejudicados pela alta dos preços.


O Itaú, em comunicado, previu um aumento de 1,5 ponto percentual na Selic nos próximos meses, justificando a necessidade do ajuste devido à alta do dólar, incertezas fiscais e a atividade econômica aquecida. O Banco Central, por sua vez, defende que o custo de não combater a inflação seria muito mais prejudicial a médio e longo prazo.

 
 
 

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